domingo, 16 de junho de 2019


JANEIRO 2021
Passou o ano de 2020 em que  a pandemia de um virus deixou muitas pessoas recolhidas em suas residências no mundo todo.
O medo do contágio é assustador passados quase 365 dias.
Recolhi-me a partir da segunda quinzena de março de 2020.
No entanto, ao invés de rebelar-me, dediquei-me à leituras  e a compor livros, cuidar da casa e do gato.
Sem poder sair de casa, tenho obtido ajuda das sobrinha e irmã que residem perto.
Então, somente em 2020 publiquei as novelas A Senhora do Engenho e A Catedral, bem como poesias, contos, crônicas, teatro e inspirações de cunho religioso que me surgem nas madrugadas.
Ao todo, em 2020, foram 10 obras: A Senhora do Engenho; |O teatro de Maura 2 - História do Teatro em Florianópolis; As crônicas do Arthur - Crônicas de um gato em quarentena (o meu gato contando durante um mês de pandemia, as coisas que ele fazia);  3º Ato - A poesia de Zeula Soares(organizadora);Cânticos do meu refúgio; Ouvindo o Silêncio; Inspirações à luz do abajur; A Catedral; Com as letras do meu nome, escrevo... (poesias); Deixa a poesia entrar.
Desde 2017, pelo Clube de Autores, tenho "revirado gavetas" e posto à lume os meus escritos de há muito tempo adormecidos.
E começou 2021---e a pandemia continua...então, como já estava quase pronto, mais um livro de minha irmã que eu organizei: Falando de Amor e Saudade, de Zeula Soares.



NOTICIAS---
Após um tempo sem publicar neste espaço, hoje tiro um tempo e faço as comunicações:

Em 1º de junho de 2019 recebi a Medalha de Ouro de um concurso de contos e poesia instituido pela Academia de Letras de Itapoé, cidade do norte de Santa Catarina. Lá estive para receber o prêmio e também tomar posse como acadêmica correspondente.

Em junho de 2019, também contabilizo 21 obras publicadas pelo Clube de Autores. Desta feita Contos & Poemas Na Calada da noite.

No prelo está uma obra organizada por mim de autoria de Zeula Soares – Reflexões & Devaneios – que deixou pronta sem publicação. Achei por bem publicá-la em julho quando completa um ano de seu passamento. Zeula reúne poemas e m muitas reflexões. Coloquei fotos na obra, mesclando seu tempo de teatro e poesia.

Há também uma novela "Isabela De Santi – Amor em alta velocidade". Um clima romântico entre dois seres de classes sociais diferentes. Como acho que o amor vence qualquer barreira, esta novela vem bem ilustrar o assunto.



quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Em 2017, auxiliada por uma amiga,  resolvi começar a tirar das gavetas os meus escritos e produzi de janeiro a julho-agosto, 9 obras, pelo Clube de Autores.
Publiquei
1 - Sobre o Travesseiro - poemas
2 - Cambada de Invejosos - Crônicas
3 - Um amor para lembrar - poemas
4 - O teatro de Maura - peças teatrais
5 - Vida bandida -contos
6 - Em poucas palavras - poemas curtos
7 - Uma rua chamada Pedreira - poemas e crônicas
8 - Velhos guardados - poemas
9 - Rebeldia & Tenacidade - Maura de Senna Pereira (biografia)
Estas obras estão no site do Clube de Autores para venda (eu própria também compro)

Já possuia A Biblioteca e seus patronos - biografias dos patronos da Biblioteca Pública Municipal Prof. Francisco Barreiros Filho- Editora Papa-Livros,1999

E neste ano de 2017, também pela Editora Papa Livros - "7 Dias de Julho" poemas.
Ao todo 11 livros tenho no meu curriculo

Fora as 19 antologias da Câmara Brasileira de Jovens Escritores (contos, crônicas e poesias, um em cada)
Desterríade, publicação da Academia Desterrense de Letras sobre Paulo Vieira da Rosa  e sobre Maura de Senna Pereira, dois panegíricos
Artigos nas Revistas do Instituto Histórico; Revista Ágora do Arquivo Publico do Estado, 8 antologias do Grupo de Poetas Livres, Revistas Ventos do Sul desde o ano 2000, duas Antologia Prosa & Poesia, Suplemento Literário A Ilha, outras revistas e jornais.
....e muito mai que vem por ai
em janeiro de 2018, espero poder colocar mais textos meus em outras obras
Possuo muitas peças de teatro para publicar. Resolher tudo é um pouco de trabalho, mas espero poder fazer tudo com calma.
O ano de 2016 foi um ano em que senti muitas dores.
Uma inflamação no nervo ciático me impedia de andar, fazer as coisas que gosto: ler e escrever, participar das reuniões do Grupo de Poetas Livres e do Instituto Histórico.
No auge da dor, procurei médicos e um disse para fazer fisioterapia, outro para emagrecer.
Estava realmente acima do peso.
Fiz tudo o que me recomendavam.
Procurei uma osteopata que me recomendou Pilates e estou fazendo até hoje e vou continuar
Em março de 2016 comecei com uma nutricionista. Mudei quase que radicalmente minha alimentação.
E mês a mês,dia a dia, anotava tudo o que ingeria.
Assim, em agosto de 2017, de 90 kilos estou com 72. Sem deixar de me alimentar, mas dosando o que como.
Me afastei do Instituto histórico, retornei em dezembro. Sou primeira secretária, faço as atas e os cerimoniais..
Neste ano de 2017 retornei participando das reuniões,mas problemas de visão interromperam algumas reuniões tanto do GPL quanto do IHGSC
Uma cirurgia já foi feita.
Outra será feira em novembro.
Sanado o problema da coluna, agora o da visão, creio que a partir de dezembro tudo vai melhorar.
Em outra postagem direi o que fiz no primeiro semestre de 2017.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

26 de agosto de 2016
Faz tempo que não tenho tempo para esta página. Foram muitas as atribulações pelas quais passei, sobretudo em 2015, quando uma infecção na coluna me tirou dos eventos aos quais fui convidada, limitando-me ao tratamento e mais ficando deitada do que em pé.
Pois bem, procurarei alimentar este blog,embora tenha passado maus pedaços neste ano de 2016 em que se avizinha mais um golpe de estado, concretizado por aqueles que não admitiam e não admitem uma mulher no poder, neste país de diversidades culturais e econômicas.
Pois bem, não vou discutir politica com ninguém, pois sou povo e como povo sempre fui ferrada na vida.
Por mais que tivesse estudo, se no ambiente havia um homem e eu tivesse que corrigir todos os seus escritos, ele era acima de mim.
Mas isto já passou. 
Agora me dedico a leitura de bons livros, poesia e escrevo vez ou outra uma novela, quando ela vem pronta nas minhas ideias.
Estou também aceitando o desafio em fazer poemas curtos e já sairam alguns. Se são bons não cabe a mim julgar.
Amanhã é o dia em que meu único filho completa 33 anos.
Há 33 anos enfrentei o preconceito (que depois foi sanado) e tive o meu filho, pois "assim estava escrito".
Trabalhando, fazendo faculdade (a 2a) assim o criei com a ajuda das minhas irmãs e dos meus pais.
E eis o nosso mocinho que se formou em cinema e video e hoje, após muita batalha, trabalha numa empresa de animação e propaganda.
Pouca paga, mas pelo menos é um emprego neste país em que a pirâmide social cada vez afunila mais.
Farei no Facebook uma homenagem a ele, após ter garimpado fotos dele desde pequeno.
Por hora é isto.

Agora um poema:
OUTROS CARNAVAIS
Foram tantos os confetes que
jogaste em mim
Entreguei meu coração e nos
amamos, assim.
Hoje choro arrependida
por meu amor, sem guarida,
que foi embora no corteho e hoje,
sem pejo, choro a despedida.
Sem lança-perfume, sem máscara
e fantasia, fico só na agonia.
Palhaços, colombinas, arlequins,
nas alas seguem sorrindo ao 
batuque do samba
e eu que não sou bamba
na sarjeta sento com a alma 
dolorida.
Nos outros só vejos sorrisos,
mas eu me desmanho em ais.
Passeio só na avenida
em busca de outros carnavais.
Maura Soares
18.2.2012

Poemas curtos
1) Quando o baile acabou
ela seguiu na noite
à espera de outro
samba acontecer. (6.8.2016)

2) Tempo
Não vi o tempo passar
Onde eu estava?
Estava lá fora, olhando a paisagem.
O meu amor me procurou
e me encontrou 
sorvendo os raios do luar. (poema antigo, sem data)

3)Apenas me faça rir, 
apague a minha triteza
pois sei, com certeza
que outro amor há de vir. (6.8.2016)  

4)Quero fazer rimas contigo
rimar amor com abrigo
sentir a emoção fluir
e, nos teus braços,
sempre poder dormir. (6.8.2016)

Boa leitura. 9.34 minutos, manhã de 26.8.2016

terça-feira, 7 de julho de 2015

7 DE JULHO DE 2015

A lua cheia emoldurava a noite com suas estrelas, quando dormimos eu e meu filho João Guilherme,  pela primeira vez no meu apartamento, comprado a duras penas.
Tudo estava pronto em 7 de julho de 2001.
Passados quatorze anos, muita chuva caiu, a neve apareceu no Cambirela, muitos aniversários, casamentos de sobrinhos, crianças nascendo, outros da família se mudando para cidades do Estado e do Brasil e dois no estrangeiro, um na Palestina e outro com filho e esposa em Abu Dhabi,uma bela cidade moderna com edificios suntuosos, como mostram diversas fotos enviadas via email, ou seja, em PPS.
A vida segue, o trânsito aumentou sua complexidade que nenhum governante muncipal deu jeito.
Cantores, compositores, artistas pláticos, artesãos daqui e do estrangeiro, visitaram a Ilha e se encantaram com suas belezas naturais.
Uma sobrinha segue na sua vida artística, com carreira teatral, já com sucesso na direção e atuação. Temos médico, odontólogos, professores e professoras, artistas teatrais e de cinema e video, "dramaturga"(modestamente me incluo), bancários, produtores de cinema, funcionários públicos e o que mais temos? Falta citar outras profissões que ora me escapam. Pessoas boas, honestas e ciente de que temos uma Família e que, unidos, somos Um !
Assim é a vida.
Assim se põem os contratempos, as alegrias, as tristezas, as emoções e o carinho e a união entre os irmãos e suas respectivas famílias, aconteceu desde que o primeiro casal - João e Odete - se uniram e dessa união, seis homens e quatro mulheres formaram a segunda geração dos Soares.
Já está a família em sua quarta geração, que poderá nos dar artistas, médicos, engenheiros, sociólogos, programadores de informática e outras profissões e,cada qual, também ao longo dos anos, constituindo suas próprias famílias, formando uma grande árvore genealógica que se formos recuar no tempo chegando até 1750, quando uma leva de imigrantes chegou à Ilha de Santa Catarina trazendo Manuel da Ventura, teríamos uma árvore gigantesca de nomes e famílias constituídas, incorporadas a outras famílias formando um belo mosaico.
E assim, neste 7 de julho de 2015, dia chuvoso e frio na Ilha e em todo o Estado, rememoro as dificuldades que passei para ter um espaço próprio e junto com meu filho, passar todas as agruras da vida, mas também com muitas alegrias, com seu encaminhamento nos estudos, coisas que fazem parte da vida de qualquer ser humano.
Para comemorar a data compilei poemas e fiz um livreto intitulado "7 DIAS DE JULHO" que editei artesanalmente em 2004.
Comparei os primeiros dia de julho ao início da Criação ensinada pela primeira religião que conheci: "Deus fez o Céu e a Terra e no sétimo dia descansou".
Então, cá estou, a lembrar o 7 de Julho de 2001, tão ansiado e tão desejado pois representou o começo de uma nova trajetória em nossas vidas:minha e de meu filho.
Finalmente pude dizer dentro do meu coração: afinal temos o nosso canto.
Obrigada, Senhor, por me ajudar a tornar tudo isto possível.
Assim seja, porque Assim Será.
Maura Soares, aos 7 de julho de 2015---14 anos de muitas coisas, entre elas a felicidade.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

REFLETINDO A VIDA
Nestes dias que correm cada vez mais loucos, há que se fazer bastante esforço para manter a calma ao apelo do comércio “compre,compre”, a exposição na mídia, “vejam como estou linda”... “olhem a minha casa como está luxuosa”, enquanto na rua vizinha a mãe com o filho doente, sem poder adquirir o remédio necessário, faz com que reflitamos que as pessoas estão cada vez mais desumanas e indiferentes à dor alheia.
O “ter” há muito substituiu o “ser”. A proliferação de igrejas não diminuiu o problema, eis que há o incentivo de “abrace Jesus e ele te dará vida farta”. Na ilusão de ser como o vizinho, a pessoa se ilude. E vem a desilusão, a tristeza, o estresse, a depressão e, em muito casos, o óbito.
Esquecem que  o que deve haver é a reforma íntima. Mudança de atitudes. Procurar a melhoria de vida, deverá ser a meta de todas as pessoas, mas sem perder a ternura, o amor ao próximo, o desejo de ascender na vida através do trabalho honesto, do bem viver com harmonia.
Amar-se em primeiro lugar; procurar obter o necessário para não passar necessidades no mundo atual, em que as coisas materiais é que são valorizadas.
Preservar a família, os costumes sadios, o sorriso das crianças, o encantamento em tê-las no convívio se não diário, pelo menos nos fins de semana.
O “ser” Amor, o “ser” com os entes queridos, cada qual trabalhando em harmonia com os outros, dando e tendo o suficiente para viver com as coisas boas que a vida honesta oferece e não à procura incessante de coisas materiais, na vã ilusão de que se exibindo,  às vezes numa falsa alegria – sobretudo nas redes sociais – mostrando carros, joias, casas com ambientes enormes que nem se usam, a pessoa será feliz.
Ledo engano.
Vã ilusão.
Pensem nisso.

Maura Soares, pura inspiração, dia 01 de abril, às 06.52h  

quarta-feira, 25 de março de 2015

  Em sua obra “Olhos azuis ao sul do efêmero”, que li duas vezes, do catarinense Emanuel Medeiros Vieira, o autor cita os “500 anos de violência institucional no Brasil” (pag. 234)

“Na colônia, índios escravizados. Palmares arrasado, Felipe dos  Santos amarrado a cavalos e esquartejado. Tiradentes enforcado e esquartejado; no Império, Frei Caneca fuzilado,30 mil mortos na Cabanagem, rosários de orelhas de cabanos no pescoço dos soldados;  na República Velha, presos degolados na Revolta Federalista, Canudos arrasada, seus prisioneiros degolados, fuzilamento sumário de Rebeldes no Rio de Janeiro e em Santa Catarina durante a Revolta da Armada; no Estado Novo, na Delegacia de Ordem Política e Social, espancamento de presos políticos nos rins e nas solas dos pés com canos de borracha, queimaduras com pontas de cigarro, alfinetes sob as unhas, pedaços de nádegas tirados com maçarico, esponja embebida em mostarda enfiada na vagina das prisioneiras, assassinato; na outra ditadura, prisão,sequestro, bofetão, espancamento, pau de arara, telefone, toalha molhada, quarto escuro, afogamento, choque elétrico, estupro, cassetete no ânus e na vagina,assassinato; na era da Constituição cidadã: Candelária, Carandiru, Eldorado, Corumbiara, Manaus, Diadema,extorsão, tortura, massacre, pena de morte sem julgamento.”

E na escola nos incutiram essa história de que o homem brasileiro é bom.