terça-feira, 17 de julho de 2012

EMANUEL MEDEIROS VIEIRA E SEU MAIS RECENTE LIVRO

Transcrevo o artigo do escritor Cesar Valente,por achar que uma obra da categoria de um autor catarinense e consagradono Brasil, merece destaque. Há preciosas informações sobre a obra.

Tem Emanuel novo na praça!

Por Cesar Valente 10 de julho de 2012, às 02:00


Já saiu o 22º livro do Emanuel Medeiros Vieira

O Emanuel Medeiros Vieira é um escritor catarinense que, depois de algumas décadas agitando por aqui, se auto-exilou em Brasília e agora vive na Bahia. Enquanto esteve por aqui, ao mesmo tempo em que popularizava sua marca registrada, que é a capacidade de falar muito – e rapidamente – sobre as angústias do mundo (que ele assume como se fossem dele e por isso se angustia, numa espécie de moto contínuo de inquietação solidária) organizou a antologia “Assim Escrevem os Catarinenses” da lendária Alfa Ômega e impulsionou, junto com um bando de loucos (Pedro Port, Raimundo Caruso, Carlos Damião e eu), a edição dos dois inesquecíveis números do “Desterro, jornal de cultura”.

Desde que começou a escrever, nunca mais parou. E de tempos em tempos reúne sua prosa, ou sua poesia, em livros e livretos e os publica. Como não faz parte de nenhuma grande máquina de produção e divulgação editorial, depende dos amigos, conhecidos e fãs para avisar que tem Emanuel novo na praça. E informar como adquiri-lo.

Desta vez a editora é a Dobra Editorial (www.dobraeditorial.com.br). E a publicação é tão recente que o pessoal ainda nem colocou o preço no site. Mas imagino que logo terá o botão para poder fazer a compra pelo Pagseguro. No catálogo da mesma editora tem outro livro do Emanuel (aqui), o “Penúltimo Dia”, de poemas. Esqueci de perguntar pra ele se esse é o 23 ou o 21. Bom, em todo caso também parece recente, porque hoje de manhã também não tinha o botão para comprar.

Como acabei de receber e não tive tempo de ler, transcrevo a orelha, escrita pelo Ronaldo Cagiano, pra dar uma idéia do que se trata.

“Emanuel dá voz aos dilemas contemporâneos, tão marcantes na vida das pessoas e das próprias instituições. Sem abrir mão da contundência, seja no enfrentamento de temas tão candentes como a crise da ética e as distorções morais, tanto nas relações afetivas, como nas políticas e literárias; seja na linguagem, sem enfeites ou clichês, o autor examina e reflete sobre as tragédias que atormentam o homem moderno e os sintomas da fossilização dos sentimentos numa sociedade afetada pelos fetiches do mercado e da cultura de massas, tão absolutos, avassaladores e excludentes.

São contos enraizados no ser, de uma beleza e de e uma verdade cruéis, dos quais emergem questões fundamentais, que num mundo regido pelos interesses e movido pela superficialidade, em que tudo parece espelhar a carência de profundidade, deixando como terrível saldo a solidão e como resultado um inventário de perdas e danos.”

Pra quem chegou agora e não sabe de quem estamos falando: o Emanuel foi premiado em concursos literários nacionais, como o “Prêmio Brasília de Literatura”, outorgado pela Fundação Cultural do Distrito Federal, em certame de âmbito nacional, pelos originais do livro “Tremores” (contos). O romance “Olhos Azuis – Ao Sul do Efêmero”, recebeu o “Prêmio Internacional de Literatura, concedido pela União Brasileira de Escritores- UBE, em 2010.

Sua obra foi analisada e elogiada, entre outros, por Carlos Drummond de Andrade, Otto Maria Carpeaux, Mário Quintana, Paulo Leminski, Caio Fernando Abreu, Moacyr Scliar, Deonísio da Silva, Alcides Buss, Hélo Pólvora, Salim Miguel, Silveira de Souza, Léo Gilson Ribeiro, Antônio Olinto, Antônio Carlos Villaça, Anderson Braga Horta, Lourenço Cazarré, Celestino Sachet, Lauro Junkes, Carlos Appel, Jorge de Sá e Luiz Antônio de Assis Brasil. Ela também foi tema de dissertação de Mestrado na UFSC, em fevereiro de 1987.

Os mais antigos, que ainda mandam cartas pelos correios, podem encontrar a Dobra Literatura no seguinte endereço:
Rua Domingos de Morais, 1039 – Conjunto 2
Vila Mariana
04009 -002 São Paulo, SP