sexta-feira, 26 de agosto de 2016

26 de agosto de 2016
Faz tempo que não tenho tempo para esta página. Foram muitas as atribulações pelas quais passei, sobretudo em 2015, quando uma infecção na coluna me tirou dos eventos aos quais fui convidada, limitando-me ao tratamento e mais ficando deitada do que em pé.
Pois bem, procurarei alimentar este blog,embora tenha passado maus pedaços neste ano de 2016 em que se avizinha mais um golpe de estado, concretizado por aqueles que não admitiam e não admitem uma mulher no poder, neste país de diversidades culturais e econômicas.
Pois bem, não vou discutir politica com ninguém, pois sou povo e como povo sempre fui ferrada na vida.
Por mais que tivesse estudo, se no ambiente havia um homem e eu tivesse que corrigir todos os seus escritos, ele era acima de mim.
Mas isto já passou. 
Agora me dedico a leitura de bons livros, poesia e escrevo vez ou outra uma novela, quando ela vem pronta nas minhas ideias.
Estou também aceitando o desafio em fazer poemas curtos e já sairam alguns. Se são bons não cabe a mim julgar.
Amanhã é o dia em que meu único filho completa 33 anos.
Há 33 anos enfrentei o preconceito (que depois foi sanado) e tive o meu filho, pois "assim estava escrito".
Trabalhando, fazendo faculdade (a 2a) assim o criei com a ajuda das minhas irmãs e dos meus pais.
E eis o nosso mocinho que se formou em cinema e video e hoje, após muita batalha, trabalha numa empresa de animação e propaganda.
Pouca paga, mas pelo menos é um emprego neste país em que a pirâmide social cada vez afunila mais.
Farei no Facebook uma homenagem a ele, após ter garimpado fotos dele desde pequeno.
Por hora é isto.

Agora um poema:
OUTROS CARNAVAIS
Foram tantos os confetes que
jogaste em mim
Entreguei meu coração e nos
amamos, assim.
Hoje choro arrependida
por meu amor, sem guarida,
que foi embora no corteho e hoje,
sem pejo, choro a despedida.
Sem lança-perfume, sem máscara
e fantasia, fico só na agonia.
Palhaços, colombinas, arlequins,
nas alas seguem sorrindo ao 
batuque do samba
e eu que não sou bamba
na sarjeta sento com a alma 
dolorida.
Nos outros só vejos sorrisos,
mas eu me desmanho em ais.
Passeio só na avenida
em busca de outros carnavais.
Maura Soares
18.2.2012

Poemas curtos
1) Quando o baile acabou
ela seguiu na noite
à espera de outro
samba acontecer. (6.8.2016)

2) Tempo
Não vi o tempo passar
Onde eu estava?
Estava lá fora, olhando a paisagem.
O meu amor me procurou
e me encontrou 
sorvendo os raios do luar. (poema antigo, sem data)

3)Apenas me faça rir, 
apague a minha triteza
pois sei, com certeza
que outro amor há de vir. (6.8.2016)  

4)Quero fazer rimas contigo
rimar amor com abrigo
sentir a emoção fluir
e, nos teus braços,
sempre poder dormir. (6.8.2016)

Boa leitura. 9.34 minutos, manhã de 26.8.2016