quarta-feira, 25 de março de 2015

  Em sua obra “Olhos azuis ao sul do efêmero”, que li duas vezes, do catarinense Emanuel Medeiros Vieira, o autor cita os “500 anos de violência institucional no Brasil” (pag. 234)

“Na colônia, índios escravizados. Palmares arrasado, Felipe dos  Santos amarrado a cavalos e esquartejado. Tiradentes enforcado e esquartejado; no Império, Frei Caneca fuzilado,30 mil mortos na Cabanagem, rosários de orelhas de cabanos no pescoço dos soldados;  na República Velha, presos degolados na Revolta Federalista, Canudos arrasada, seus prisioneiros degolados, fuzilamento sumário de Rebeldes no Rio de Janeiro e em Santa Catarina durante a Revolta da Armada; no Estado Novo, na Delegacia de Ordem Política e Social, espancamento de presos políticos nos rins e nas solas dos pés com canos de borracha, queimaduras com pontas de cigarro, alfinetes sob as unhas, pedaços de nádegas tirados com maçarico, esponja embebida em mostarda enfiada na vagina das prisioneiras, assassinato; na outra ditadura, prisão,sequestro, bofetão, espancamento, pau de arara, telefone, toalha molhada, quarto escuro, afogamento, choque elétrico, estupro, cassetete no ânus e na vagina,assassinato; na era da Constituição cidadã: Candelária, Carandiru, Eldorado, Corumbiara, Manaus, Diadema,extorsão, tortura, massacre, pena de morte sem julgamento.”

E na escola nos incutiram essa história de que o homem brasileiro é bom.