terça-feira, 7 de julho de 2015

7 DE JULHO DE 2015

A lua cheia emoldurava a noite com suas estrelas, quando dormimos eu e meu filho João Guilherme,  pela primeira vez no meu apartamento, comprado a duras penas.
Tudo estava pronto em 7 de julho de 2001.
Passados quatorze anos, muita chuva caiu, a neve apareceu no Cambirela, muitos aniversários, casamentos de sobrinhos, crianças nascendo, outros da família se mudando para cidades do Estado e do Brasil e dois no estrangeiro, um na Palestina e outro com filho e esposa em Abu Dhabi,uma bela cidade moderna com edificios suntuosos, como mostram diversas fotos enviadas via email, ou seja, em PPS.
A vida segue, o trânsito aumentou sua complexidade que nenhum governante muncipal deu jeito.
Cantores, compositores, artistas pláticos, artesãos daqui e do estrangeiro, visitaram a Ilha e se encantaram com suas belezas naturais.
Uma sobrinha segue na sua vida artística, com carreira teatral, já com sucesso na direção e atuação. Temos médico, odontólogos, professores e professoras, artistas teatrais e de cinema e video, "dramaturga"(modestamente me incluo), bancários, produtores de cinema, funcionários públicos e o que mais temos? Falta citar outras profissões que ora me escapam. Pessoas boas, honestas e ciente de que temos uma Família e que, unidos, somos Um !
Assim é a vida.
Assim se põem os contratempos, as alegrias, as tristezas, as emoções e o carinho e a união entre os irmãos e suas respectivas famílias, aconteceu desde que o primeiro casal - João e Odete - se uniram e dessa união, seis homens e quatro mulheres formaram a segunda geração dos Soares.
Já está a família em sua quarta geração, que poderá nos dar artistas, médicos, engenheiros, sociólogos, programadores de informática e outras profissões e,cada qual, também ao longo dos anos, constituindo suas próprias famílias, formando uma grande árvore genealógica que se formos recuar no tempo chegando até 1750, quando uma leva de imigrantes chegou à Ilha de Santa Catarina trazendo Manuel da Ventura, teríamos uma árvore gigantesca de nomes e famílias constituídas, incorporadas a outras famílias formando um belo mosaico.
E assim, neste 7 de julho de 2015, dia chuvoso e frio na Ilha e em todo o Estado, rememoro as dificuldades que passei para ter um espaço próprio e junto com meu filho, passar todas as agruras da vida, mas também com muitas alegrias, com seu encaminhamento nos estudos, coisas que fazem parte da vida de qualquer ser humano.
Para comemorar a data compilei poemas e fiz um livreto intitulado "7 DIAS DE JULHO" que editei artesanalmente em 2004.
Comparei os primeiros dia de julho ao início da Criação ensinada pela primeira religião que conheci: "Deus fez o Céu e a Terra e no sétimo dia descansou".
Então, cá estou, a lembrar o 7 de Julho de 2001, tão ansiado e tão desejado pois representou o começo de uma nova trajetória em nossas vidas:minha e de meu filho.
Finalmente pude dizer dentro do meu coração: afinal temos o nosso canto.
Obrigada, Senhor, por me ajudar a tornar tudo isto possível.
Assim seja, porque Assim Será.
Maura Soares, aos 7 de julho de 2015---14 anos de muitas coisas, entre elas a felicidade.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

REFLETINDO A VIDA
Nestes dias que correm cada vez mais loucos, há que se fazer bastante esforço para manter a calma ao apelo do comércio “compre,compre”, a exposição na mídia, “vejam como estou linda”... “olhem a minha casa como está luxuosa”, enquanto na rua vizinha a mãe com o filho doente, sem poder adquirir o remédio necessário, faz com que reflitamos que as pessoas estão cada vez mais desumanas e indiferentes à dor alheia.
O “ter” há muito substituiu o “ser”. A proliferação de igrejas não diminuiu o problema, eis que há o incentivo de “abrace Jesus e ele te dará vida farta”. Na ilusão de ser como o vizinho, a pessoa se ilude. E vem a desilusão, a tristeza, o estresse, a depressão e, em muito casos, o óbito.
Esquecem que  o que deve haver é a reforma íntima. Mudança de atitudes. Procurar a melhoria de vida, deverá ser a meta de todas as pessoas, mas sem perder a ternura, o amor ao próximo, o desejo de ascender na vida através do trabalho honesto, do bem viver com harmonia.
Amar-se em primeiro lugar; procurar obter o necessário para não passar necessidades no mundo atual, em que as coisas materiais é que são valorizadas.
Preservar a família, os costumes sadios, o sorriso das crianças, o encantamento em tê-las no convívio se não diário, pelo menos nos fins de semana.
O “ser” Amor, o “ser” com os entes queridos, cada qual trabalhando em harmonia com os outros, dando e tendo o suficiente para viver com as coisas boas que a vida honesta oferece e não à procura incessante de coisas materiais, na vã ilusão de que se exibindo,  às vezes numa falsa alegria – sobretudo nas redes sociais – mostrando carros, joias, casas com ambientes enormes que nem se usam, a pessoa será feliz.
Ledo engano.
Vã ilusão.
Pensem nisso.

Maura Soares, pura inspiração, dia 01 de abril, às 06.52h  

quarta-feira, 25 de março de 2015

  Em sua obra “Olhos azuis ao sul do efêmero”, que li duas vezes, do catarinense Emanuel Medeiros Vieira, o autor cita os “500 anos de violência institucional no Brasil” (pag. 234)

“Na colônia, índios escravizados. Palmares arrasado, Felipe dos  Santos amarrado a cavalos e esquartejado. Tiradentes enforcado e esquartejado; no Império, Frei Caneca fuzilado,30 mil mortos na Cabanagem, rosários de orelhas de cabanos no pescoço dos soldados;  na República Velha, presos degolados na Revolta Federalista, Canudos arrasada, seus prisioneiros degolados, fuzilamento sumário de Rebeldes no Rio de Janeiro e em Santa Catarina durante a Revolta da Armada; no Estado Novo, na Delegacia de Ordem Política e Social, espancamento de presos políticos nos rins e nas solas dos pés com canos de borracha, queimaduras com pontas de cigarro, alfinetes sob as unhas, pedaços de nádegas tirados com maçarico, esponja embebida em mostarda enfiada na vagina das prisioneiras, assassinato; na outra ditadura, prisão,sequestro, bofetão, espancamento, pau de arara, telefone, toalha molhada, quarto escuro, afogamento, choque elétrico, estupro, cassetete no ânus e na vagina,assassinato; na era da Constituição cidadã: Candelária, Carandiru, Eldorado, Corumbiara, Manaus, Diadema,extorsão, tortura, massacre, pena de morte sem julgamento.”

E na escola nos incutiram essa história de que o homem brasileiro é bom.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

RETORNO

Faz um ano que não posto nada no meu blog. Muitos emails, postagens e comentarios no facebook, esta ferramenta rápida de comunicação, fizeram com que negligenciasse este meu espaço.
Este sim é o meu canto onde posso expor minhas ideias, postar poemas e textos que me vem por inspiração.
Nesse meio tempo nasceram sobrinhos-netos, o calor infernizou minha vida, pois preferi ler a escrever, ficando com ventilador a me refrescar e a mergulhar nas letras dos romances. Li muito, escrevi não tanto como em outros tempos, mas escrevi.
Então, pra não perder o costume,segue um texto já publicado na Revista Ventos do Sul e em um blog na web,de amigos.
 VIAJAR


Viajar... Sair... Conhecer outros lugares, outras pessoas, outros olhares, outras paisagens.
Viajar... Sair em busca do desconhecido, pesquisar, colher informações.
Arrumar as malas, percorrer caminhos antes não trilhados, observar, reter imagens, desenvolver seu senso crítico na observação, ver o quanto o homem destruiu o que Deus lhe deixou para se estabelecer.
Assim somos nós, viajantes em busca do aprimoramento.
Muitos passam as viagens sem sequer notar a beleza de uma árvore no caminho, um rio, uma nova ponte.
Viajamos por muitos lugares sem sequer anotarmos um nome, um endereço, um prato saboroso num restaurante.
Pousamos os olhos, mas a direção do olhar ali no objeto, no detalhe, não se detém. Simplesmente olhamos.
Viajar não significa somente sair ao ar livre, deixar o lar, arrumar a mala com as melhores roupas, os mais bonitos acessórios.
Viajar significa também levar na sua bagagem o que você tem de bom; levar seu sorriso, seu abraço fraterno, estender as mãos e cumprimentar, dizer palavras ternas, elogiar.
Viajar significa também deixar lembranças, deixar seu marco positivo para aqueles que ficaram para trás, - quando você retorna ao ponto de sua partida - , para também lembrarem de você e do que você deixou plantado em seus corações.
Viajar e chegar ao lugar desejado, para plantar naqueles que você encontrar, a semente do amor, da solidariedade, da compreensão.
Registre sua viagem não só com belas fotos, com sorrisos, mas plante na sua alma aquilo de bom e de belo que viu, que sentiu.
Assim fazendo, todas as viagens valerão a pena, mesmo que pequenas coisas inesperadas se interponham em seu caminho.
O importante, ao retornar, será você ter o sentimento de que tudo o que viu, o que observou, será mais um item para o seu aperfeiçoamento, para o seu aprendizado.
Viajar é colher sabedoria; é absorver tudo de bom que a vida tem para lhe dar.
Pense nisso.

MAURA SOARES
Aos 25 de agosto de 2013, 06.00h, manhã  

RETORNO

Faz um ano que não posto nada no meu blog. Muitos emails, postagens em facebook, respostas a mensagens, o dia-a-dia, fizeram com que negligenciasse este meu canto.
Este sim, é o meu canto para expor minhas ideias, postar meus poemas, meus textos que saem por inspiração.
Neste meio tempo,criança nasceu na familia, amigos se foram, amores também, ficando a lembrança guardada no fundo do coração.
Então, cá estou novamente.
Coloco então, um texto que escrevi em 2013 e já publicado na Revista Ventos do Sul e também enviei para um blog na web.


 Viajar... Sair... Conhecer outros lugares, outras pessoas, outros olhares, outras paisagens.
Viajar... Sair em busca do desconhecido, pesquisar, colher informações.
Arrumar as malas, percorrer caminhos antes não trilhados, observar, reter imagens, desenvolver seu senso crítico na observação, ver o quanto o homem destruiu o que Deus lhe deixou para se estabelecer.
Assim somos nós, viajantes em busca do aprimoramento.
Muitos passam as viagens sem sequer notar a beleza de uma árvore no caminho, um rio, uma nova ponte.
Viajamos por muitos lugares sem sequer anotarmos um nome, um endereço, um prato saboroso num restaurante.
Pousamos os olhos, mas a direção do olhar ali no objeto, no detalhe, não se detém. Simplesmente olhamos.
Viajar não significa somente sair ao ar livre, deixar o lar, arrumar a mala com as melhores roupas, os mais bonitos acessórios.
Viajar significa também levar na sua bagagem o que você tem de bom; levar seu sorriso, seu abraço fraterno, estender as mãos e cumprimentar, dizer palavras ternas, elogiar.
Viajar significa também deixar lembranças, deixar seu marco positivo para aqueles que ficaram para trás, - quando você retorna ao ponto de sua partida - , para também lembrarem de você e do que você deixou plantado em seus corações.
Viajar e chegar ao lugar desejado, para plantar naqueles que você encontrar, a semente do amor, da solidariedade, da compreensão.
Registre sua viagem não só com belas fotos, com sorrisos, mas plante na sua alma aquilo de bom e de belo que viu, que sentiu.
Assim fazendo, todas as viagens valerão a pena, mesmo que pequenas coisas inesperadas se interponham em seu caminho.
O importante, ao retornar, será você ter o sentimento de que tudo o que viu, o que observou, será mais um item para o seu aperfeiçoamento, para o seu aprendizado.
Viajar é colher sabedoria; é absorver tudo de bom que a vida tem para lhe dar.
Pense nisso.

MAURA SOARES
Aos 25 de agosto de 2013, 06.00h, manhã