sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O prof.Celestino Sachet lança A Literatura dos Catarinenses

Prof.Celestino Sachet e A Literatura dos Catarinenses


O prof.Celestino Sachet lançou no final de 2012 a preciosa obra"A Literatura dos Catarinenses", em que nas suas 626 páginas,traça um perfil da produção literária em Santa Catarina. Membros do Grupo de Poetas Livres são citados: Edmar Almeida Bernardes; Sueli Rodrigues Bittencourt; Márcia Reis Bittencourt; Maria Vilma Campos; Neusita Luz de Azevedo Churkin; Franciane Maciel Dutra(ex); Alcita Varela Corrêa Leite(fal.); Geraldo Pereira Lopes; Leatrice Moellmann; Eloah Westphalen Naschenweng; Adir Pacheco(ex); Ivan Alves Pereira; Arita Damasceno Petená(ex); Carlos Piccoli; Doralice Rosa de Souza Silva;José Cacildo Silva; Maura Soares; Manoel Jover Teles(fal.); Alzemiro Lidio Vieira; Julio de Queiroz; Heralda Victor. Enviamos cartão agradecendo o envio de tão importante obra para pesquisa do que se faz em literatura em Santa Catarina. A Obra ainda está aberta para futuras edições com o objetivo de se acrescentar mais e mais poetas, cronistas, contistas, romancistas, ensaístas, no rol dos que fazem a literatura catarinense.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A QUARTA GERAÇÃO





                                                                                                     


           
                                                                              
Fotos,a partir de cima: Amanda(CarlosEduardo/Simone), Maria Luiza(Leonardo/Juliana), Raquel(Alexandre) com Catarina, Elisa(Rogério) com Lucas, Gabriela(C.Eduardo/Simone) e Juliana(Leonardo) com Lorena.

Está faltando o André, vou captar e coloco             

E chegou  a 4ª. geração:  netos e sobrinhos-netos.

Do tronco da nossa árvore genealógica de João Auta Soares(1913-1995) e Odete Machado Soares(1920-1999), nasceram  10 filhos,seis homens e quatro mulheres. Os seis homens produziram seus filhos e das mulheres duas produziram 6 filhos: eu, um e minha irmã caçula, 5.

Pois bem, agora os meus sobrinhos e igualmente filhos de meus irmãos, já tem seus próprios filhos, formando os galhos da árvore.

Assim, do Mauro(Tereza),de seu filho Carlos Eduardo(Simone): Gabriela e Amanda; do outro filho Leonardo(Juliana), temos Maria Luiza e Lorena. Mauro Felipe ainda não tem, mas breve nos brindará com mais uma fofura.

Do Saulo(Estela) (1945-2008), ficaram duas filhas: Raquel(Alexandre) que nos apresenta Catarina, e Beatriz que ainda não nos deu sobrinho(a), mas breve teremos.

Do Jauro(Mariza), de sua filha Elisa, temos o Lucas. Gabriel ainda está ileso.

Do Azuir(Jussara), de Rodrigo, temos o André. Marcelo ainda não tem filhos.

Da Leuzi(Luiz Cesar), Daniel, Mateus, Joana, Tobias e Sofia. Estes ainda estão pensando seriamente no assunto.

Eu gerei um menino que ainda não me deu neto (a).
Do Lauro(Mayra) temos 3 sobrinhas: Ana Paula, Gabriela e Marina. Ainda sem netos, este meu irmão.
Do Paulo(Regina), Paulo Henrique e Luiz Fernando. Ainda não se assanharam a dar netos.

As irmãs Neusa Helena(1940+2008) e Zeula, não tiveram filhos e sim uma imensidade de sobrinhos , 21, que alguns agora já estão acalentando seus próprios filhos.

Ao todo somam 7 sobrinhos-netos, um número mágico por excelência.

Reproduzo algumas fotos. Me falta a do André.


PARA AS CRIANÇAS


São lindos teus olhos, meus amados

Que refletem o gene da família

Entremeada com novos sangues

Fazendo uma bela geração


São belos teus sorrisos, meus queridos

Que se abrem quando os pais chegam

Estendem  seus braços e são acalentados

No aconchego do amor


Belos semblantes que Deus nos deu

Que, em breve aí estarão

A correr e a brincar

Breve, muito breve, pois o tempo corre célere

Já teremos alguns na Faculdade


Mas...será que verei este dia chegar?


Mesmo que não veja, já sinto a beleza que será.

Que Deus na Sua infinita bondade abençoe a todos.

MAURA SOARES

Aos 11 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Sabe quando o silêncio invade a casa? Quando a noite convida parao descanso merecido? Pois é, saiu este poema.


Steve Hanks - Solidão
 
AH, SE SOUBESSES...

 

Ah, se soubesses o quanto te amo

Não procederias assim comigo

Não me deixarias sozinha com a tentação nos olhos

Com o desejo no pensamento

Com a necessidade de amar...

 

Ah, se soubesses o quanto penso em ti

Procurarias logo estar comigo

Aí... contar-te-ia minhas tristezas

Compartilharia contigo minhas alegrias

Riríamos abraçados no embalo do amor

 

Ah, se soubesses o quanto esta distância que nos separa

Só me angustia, desejando tua presença ao meu lado

Na hora matutina a relembrar o amor...

 

Ah, se soubesses das minhas lágrimas

Que há muito já secaram, deixando-me com as faces lívidas

Com a alma a lamentar desditas

Com o coração aos saltos ao menor barulho dos teus passos...

 

Ah, se soubesses o tanto do meu amor!!

 

Maura Soares

Pura inspiração, direto no computador, aos 7 de fevereiro de 2013, 22.25h

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Releituras de Neruda em pleno carnaval de 2010.



           

Levei  alguns livros para ler naquele carnaval de 2010, pois há muito deixei de participar deste tipo de festejo e, dentre eles, "Los versos del Capitán", de Pablo Neruda, que adquiri em 25 de outubro de 2008, quando conheci Santiago do Chile e as casas de Neruda, "La chascona", título deste blog que tem o poeta citado como Patrono. Então, lendo os versos, ocorreu-me algumas releituras. Podem não ser o supra-sumo das poesias, mas foi a inspiração em cada leitura que me motivou. Apreciem. Agradeço,desde já.

EL ALFARERO
(O Oleiro)
“Juntos somos completos, como un solo rio, como una sola arena”

Na argila moldo teu corpo,
teu rosto
Minhas mãos deslizam sobre a massa
que vai esculpindo dando-te braços,
 tuas formas
teu peito
tuas pernas,
 tua cintura,
teu sexo...
 tudo acaricio na tentativa de perpetuar tua figura
para quando partires,
eu possa contemplá-la
e não sentir saudade
Sei que mais do que a argila
preciso de ti perto de mim,
pois
 “juntos somos completos como um rio
ou como uma argila a moldar”.
Balneário Camboriú, 13 de fevereiro de 2010, 16.31h

8 DE SETIEMBRE
“Hoy nuestros cuerpos se
 hicieron extensos,
crecieron hasta el límite
del mundo
y rodaron fundiéndose
en una sola gota
de cera o meteoro”.

Quando, em êxtase,
 nossos corpos se fundem
e a volúpia alcança os astros
O entrelaçamento de braços e pernas,
 no instante do prazer,
deixa-me enlouquecida
 e sinto que na união dos nossos corpos
somos como uma “só gota de cera ou meteoro”.
Balneário Camboriú, 13 de fevereiro de 2010, 16.41h

EL INSECTO
“De tus caderas a tus pies
quiero hacer um largo viaje.

Soy más pequeño que um insecto”.

Quero explorar teu corpo
com um inseto à procura de alimento.
Percorro teu corpo e ao chegar a teus pés
conheço toda a magnitude,
 toda a beleza que a natureza criou.
Sinto-me pequenina,
queria me aninhar em teus braços
fazer do teu colo minha morada,
poder sugar tua boca numa ânsia voraz.
Quero deslizar pelas tuas pernas,
deter-me na fonte do prazer
e queimar-me numa vasilha escaldante.
Balneário Camboriú, 13 de fevereiro de 2010, 16.59h

LA PREGUNTA
“Amor mio,
compréndeme,
te quiero toda,
 de ojos a pies, a uñas,
 por dentro,
 toda la claridad,
la que guardabas”.

Assim te desejo desde que te vi,
desde que tua voz  ecoou em meus ouvidos,
desde que tua boca cantou aquela canção.
Te desejo como a lua
que anuncia o início da noite
e banha os corpos desnudos dos enamorados.
Quero teu peito, tua boca, teu sexo,
toda a claridade que possas me dar,
todo o prazer que possas me fazer sentir,
meu amor.
Balneário Camboriú, 13 de fevereiro de 2010, 17.22h

SI TÚ ME OLVIDAS
“Ahora bien,
si poco a poco dejas de
quererme
dejaré de quererte
 poco a poco”.

Se por acaso tudo o que fiz por ti e para ti
não foi suficiente
Se todas as horas em que me entreguei
foram como grãos de areia
no mar dos teus carinhos
Se não desejas mais tocar-me
se não sentes mais falta de mim
quando estamos separados
Se pouco a pouco a chama da nossa paixão
está se apagando
se estás deixando de me querer...
com o tempo, amor, meu desejo por ti
também fenecerá
sentirei um enorme vazio, por certo,
mas no desejo, se um não quer mais,
fatalmente virá a separação
Chorarei, tenha a certeza,
mas o tempo me ajudará
a procurar outras bocas
e tentar apagar as marcas do amor
que deixaste em mim.
Balneário Camboriú, 13 de fevereiro de 2010, 17.29h

EX-AMOR
(este não é releitura de Neruda, fica na sequência, pois foi escrito na mesma época )

Coitado de ti meu ex-amor
atravessando insone
as madrugadas
nas serestas no desejo inconstante
de uma nova conquista

Não encontras mais quem te queira
desprezaste muitos amores
com tua leviandade
agora, rogas carinho, atenção
e não obténs

Ainda lembro dos nossos abraços,
dos nossos beijos
dos momentos em que sempre
era eu quem mais amava

Procuro em outros amores
o teu olhar e não encontro
Desejo ouvir tua voz,
mas somente um tímido
som se apresenta

Anseio por tua volta,
mas sei que o retorno é impossível,
pois atravessas outras eras
cantas no anseio
de outras quimeras

E a vida segue
por outros caminhos
tu com teu canto
eu com a saudade
ambos pela vida
ambos sozinhos
Balneário Camboriú, 14 de fevereiro de 2010, 01.37-madrugada - verão

Continua a releitura de Neruda...
EL OLVIDO
“Quédate en el camino.
Ha llegado la noche para ti.
Tal vez de madrugada
nos veremos de nuevo.

Ay gran amor, pequeña amada!”

Aguardo com ansiedade tua volta.
Bem sei que em outros braços
também tens que estar.
Minha boca deseja tua boca,
meus braços precisam dos teus,
minha cabeça precisa repousar em teu peito.
Quando juntos estamos nos completamos.
Tens a noite com a tua música
e delas precisas para sobreviver
Eu conto apenas como um complemento
em tua vida.
Não faz mal,
pois sei que quando estás comigo,
só comigo te importas.
É chegada a hora.
A noite já começa.
Espero por ti, amor,
sei que nos veremos de madrugada.
Balneário Camboriú, 15 de fevereiro de 2010, 13.20h, verão

Outro poema releitura de Neruda...
IMPOSSÍVEL
“Amor, cuando te digan
 que te olvidé, y aun cuando
sea yo quien lo dice,
cuando yo te lo diga,
 no me creas,
quién y cómo podrían
 cortarte de mi pecho
y quién recibiría
 mi sangre
 cuando hacia ti me fuera desangrando?”

Mesmo que eu diga vou embora em busca de outro amor, pois o nosso é impossível, não acredita.
É mentira pura.
Desde que te vi, me apaixonei.
A  vibração que emanava de ti, meu companheiro do tempo, encheu-me a alma.
Tanto tempo sozinha fiquei e quando finalmente desperto para o amor, ele é impossível.
É de outra teu coração, bem sei.
Poderás, sim, nutrir um afeto por mim, mas não amor.
Disso tenho consciência, embora lá no fundo do meu ser, não aceite.
Ah, seresteiro, cantas para outras, não para mim.
Quando me dedicarás teus versos?
Será isso impossível, também?
Balneário Camboriú, 15 de fevereiro de 2010, 15.15h verão

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Lá de Belo Horizonte chega o Arnaldo. Amigo do coração, poeta do Grupo de Poetas Livres, representando bem a nossa poesia nas Minas Gerais. Homenageio o querido amigo com uma de suas poesias, estreando no meu blog.


Maura e Arnaldo Golino,  em 6 de dezembro de 2012
Encerramento do Ano Acadêmico de 2012, do Grupo de Poetas Livres

 
Olhar de Loba
 

Que olhar de loba é este,
que adentra minha alma,
em meu âmago,
buscando a chama do amor?
Que olhar de loba é este,
que olha, fingindo não olhar,
dizendo com os olhos
num mutismo delirante,
sou loba no cio
querendo te amar?
Que olhar de loba é este,
que faz tremer minhas pernas,
dispara meu coração,
queima as entranhas
me acendendo o desejo?
Que olhar de loba é este
que fita,sem fitar,
mede,examina,imagina
em meu corpo sua medida,
de gozo e prazer?
Que olhar de loba é este
que frio como aço de navalha
me rasga,dilacera,
perscrutando em meu coração
a chama da paixão?
Que olhar de loba é este
remexendo minha mente,
embota meus sentidos,
domina meu pensamento,
faz deste homem instrumento
pra seus instintos saciar?
Que olhar de loba é este
que desvia o olhar,
evitando a resposta
ditada por meus olhos de macho
buscando a fêmea?
Que olhar de loba é este
que finge não ser notado,
faz desdém se procurado,
mas deixa marcado pra sempre
um olhar apaixonado?
 Que olhar de loba é este,
 que com os olhos diz sorrindo,
 é o olhar que preciso,
 pra minha vida ter sentido.
Escrito por Arnaldo,
dia 01 de junho de 2011, às 2.00hs da manhã.