sábado, 1 de dezembro de 2012

LIVROS DA THEREZINHA

Na foto: Carlos Piccoli(E), Carmem (sua esposa), Eloah Westphalen Nascenweng, Maura Soares e Therezinha Cacilda, todos do GPL.

Therezinha Cacilda Monteiro Mann escreve romances e novelas com cunho histórico. Dia 27 de novembro,no Shopping Via Catarina, em Palhoça, precisamente no restaurante Casa Açoriana, TheCacilda lançou O pescador Carroíra e a Feiticeira do Cambirela e Prisioneiros do Passado. Numa Noite Cultural em que se apresentaram poetas do Grupo de Poetas Livres, Celso João de Souza e Maria da Anunciação Pereira, Nilton Pereira com um Regional fez uma seresta para os apoiadores do evento,cerca de oito casais.
Marli Santos cantou em homenagem a Therezinha. Ivonita Di Concilio interpretou músicas de seresta. Luiza Hammes fez solo de violão. Sonia Ripoll apresentou-se no teclado. O Grupo de Poetas Livres ofertou Medalha com Certificado para a Secretária Municipal de Educação e Cultura Jocelete Izaltina Silveira dos Santos, Manoel Donizete Velho e Décio David(ator de teatro, artista plástico que assina o desenho das capas de ambos os livros). Receberam Medalha como Cuidadores da Cultura do Estado. Uma noite memorável em que não faltou petiscos de camarão e peixe. Ponto para a Therezinha, embora o local não seja apropriado para lançamentos de livros devido ao barulho que todo Shopping tem.

sábado, 27 de outubro de 2012

Retificação

8ºConcurso on-line Doralice Silva de Poemas de Saudade

Uma Nota somente para retificar.
Quando enviamos o relatório para Irismarqueks, comunicando que seu porma Saudade Recortada ficaria em epígrafe em todos os certificados ele - e não ela - solicitou-nos retificação.
Como ao fazer a ficha cadastral não se identificou como sexo masculino, colocamos "A autora" no relatório.
Feita a retificação, comunico que os certificados de Participação serão enviados a todos os internautas que não lograram classificação final.
maura
aos 27 de outubro de 2012

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

BLOG PREMIADO





Caros amigos,
Hoje pela manhã, (26/10/2012) ao abrir o PC deparei-me com um Prêmio ao meu blog “Lachascona” que tem como Patrono o amado poeta chileno Pablo Neruda, que dispenso apresentações, dada a notoriedade do mesmo.
Este Prêmio só foi concedido mediante indicação da escritora e poetisa Eloah Naschenweng. Uma das regras é a pessoa agraciada citar quem a indicou.
Pois bem, a partir deste momento posso exibir o selo de qualidade no blog. Uma espécie de ISO 9000. Não tem?
Pois é. Há, porém, regras a ser cumpridas.
Vejam como.

PRÊMIO DARDOS – SELO DE QUALIDADE
Cópia do Blog da Eloah:
www.alemdosfragmentos24x7.blogspot.com

“O Prêmio Dardos foi criado pelo escritor espanhol Alberto Zambade que, em 2008, concedeu no seu blog Leyendas de “El Pequeño Dardo” o primeiro Prêmio Dardo a quinze blogs selecionados por ele. Ao divulgar o prêmio, Zambade solicitou aos blogs premiados que também indicassem outros blogs ou sites considerados merecedores do prêmio. Assim a premiação se espalhou pela Internet.
Segundo o seu criador, o Prêmio Dardo destina-se a “reconhecer os valores demonstrados por cada blogueiro diariamente durante seu empenho na transmissão de valores culturais, éticos, literários, pessoais etc., demonstrando, em suma, a sua criatividade por meio do seu pensamento vivo que permanece inato entre as suas palavras”.
As regras do prêmio estabelecem que os indicados, depois de dizerem quem os presenteou, poderão exibir no seu blog/site o selo do prêmio e deverão indicar outros dez, quinze ou vinte blogs ou sites que preencham os requisitos acima para o recebimento do prêmio.”

Não posso fugir da regra estabelecida. Entretanto, não será neste momento que indicarei outros blogs, pois tenho que ter tempo para dar mais uma viagem por eles e, então, indicarei.

Caros amigos e amigas, blogueiros e blogueiras, vez ou outra vou dar uma “ispiada” nos seus blogs e depois indicarei.
Certo?
Maura
Aos 26 de outubro de 2012.

domingo, 7 de outubro de 2012

UM ANO SEM LICINHO

UM ANO SEM ELE

Maristela,Maria da Anunciação,Zeli,Cacildo,Eunice,Doralice,Maura,Sinval  e Licinho



,numa das reuniões do GPL

Hoje, 7 de outubro de 2012, em que muitas pessoas já, a esta altura da manhã, sairam de casa para exercer o sagrado cumprimento de votar em coisas melhores para a nossa cidade, lembro do nosso amado Licinho, o Adelicio Manoel Campos, cujo grande e abençoado coração deixou de bater, entristecendo todos seus amigos, familiares e os poetas do Grupo de Poetas Livres, Grupo este que participou com zelo e dedicação, como tudo que fazia na vida.
Licinho deixa saudade, mas a certeza de que deve estar poetando num plano astral elevado,como elevada era sua alma.
Sempre quando toco no nome dele (que me chamava de Primeira Dama), vem lágrimas de um sentimento misto de tristeza e saudade. Somos egoistas, bem sei, em querermos ficar com as pessoas queridas por perto, mas os designios de Deus são diferentes e Ele puxa pelo fio prateado aqueles que quer mais cedo ao Seu lado.
Para deixar latente nossa admiração por este poeta que em vida terrena não pode lançar livros, assim o fizemos postumamente. "Lascívia", o título, cuja renda da venda dos exemplares foi e é totalmente da família.
Nosso amigo poeta, Carlos Piccoli, em determinada página do livro, postou o seguinte pensamento para homenagear nosso Licinho. Como os poemas de Licinho eram poemas que puxavam para a sensualidade, assim Carlos o homenageia:
"Que nosso amor "soe" sempre como um hino
Com ritmo, intervalos, constância
Em encontros, píncaros Divinos
Como orquestra, de bateria e violino
Que o descanso seja por exageros
Que não haja exageros de descansos." 
(Carlos Piccoli)
Então, da obra "Lascívia" destaco o poema a seguir.

TURBULÊNCIA
Sinto em meu corpo
teu afagar suave
carícias de momentos
desejos inigualáveis

Múrmúrios quebrando silêncio
beijos ansiosos
descortinando atrevimentos

Êxtase vem a passos largos
corpos inquietos
coração às vezes calmo
outras acelerado, por certo
dentro do peito arfante
feliz pula de contentamento.
[In: Lascívia, pág.47, 2012]
É isso, o coração acelera, as lágrimas afloram, mas o sentimento do carinho a este abençoado poeta, continua.
Maura Soares, aos 7 de outubro de 2012, 08.55h

domingo, 30 de setembro de 2012

FESTA EM FAMILIA

Márcia,Pedro,Paulo,Leuzi e Mateus
Márcia,Terezinha e Estela
FESTA EM FAMILIA

Familia que se preza é assim: reune-se para aniversários, batisados, casamentos, primeiros anos das crianças,natal, ano novo,feriados, formaturas enfim, quando há prenúncio de uma  boa mesa regada a cerveja e vinho e, sobretudo, gostosas gargalhadas, lá estão os Soares, festeiros como eles só.
Então, neste fim de semana(29 de setembro de 2012) aconteceu uma feijoada comemorativa a dois aniversários, de Estela e Mariza.
O que tivemos? Uma deliciosa feijoada preparada pelo mestre-cuca da família, Lauro.
Risos, brincadeiras, sessão com fotos antigas que levei, mais risos e gozações.
Entrega de presentes às aniversariantes, conversas e muita alegria.
Posto umas fotos batidas com a minha Samsung que já está pedindo aposentadoria(a máquina,claro).
Então, para a familia apreciar e lembrar os momentos alegres. Aí estão.
Ainda não estou mansa em alinhar as fotos. Sorry.
Maura,em 30 de setembro 2012. 
Lila,Mariza,Tereza,Mauro

Sessão de fotos antigas


Hora da bóia. O cozinheiro e a aniversariante  











Lauro e Mateus
Beatriz,Zeula,Leuzi e Maura     




sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Saudades imensas

SAUDADES IMENSAS
Itaguaçu, perto do Bar La Piedra. (foto Maura)

 Para aquele que tem nome de Luar.

Pensa-se na morte, mas não se quer nada com ela, mas ela está aqui, ali, rondando, espreitando todos, jovens, adultos,crianças, bonitos,sarados, artistas, cientistas, todos, todos um dia irão.
Não há como fugir.
Então, há umas três semanas, tomei um choque que custei a me recuperar. Tive a notícia do passamento de uma pessoa que foi muito, mas muito querida ao meu coração.
A separação foi dolorosa, mas cada qual seguiu seu caminho, tropeçando, levantando,seguindo em frente, como diz a canção.
E novamente chorei. Lágrimas sentidas de saudade. Lágrimas de um amor que não retorna mais.
Lágrimas da adolescente, lágrimas da menina que chorava escondida para não rirem dela e nem a maltratarem com apelidos.Lágrimas de um sentimento que vai ficar calado lá bem fundo no coração.
Assim é a vida, ganhos e perdas. Os ganhos são bons, as perdas são dolorosas e o pranto cai, silencioso, molhando a roupa,deixando a marca das lágrimas.
Assim, meu pranto de saudade vai para aquele amor que segue seu caminho em busca da sua espiritualidade.
Um dia, quem sabe, lá no eterno, nos encontremos de novo.
Talvez, se nos for permitido, tocarei em seu rosto,beijarei sua boca e poderei dizer: como foi bom ter-te conhecido.
Saudades, querido. Este poema em prosa dedico a ti.
Maura, aos 28 de setembro de 2012, 16.35h

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Texto retirado do baú


        Florianópolis, cercanias da Praça XV de Novembro. Observem a arquitetura que se perdeu.

             NO DIA QUE AMANHECE

            Neste dia que amanhece nesta cidade cosmopolita como é Curitiba, lembranças me  vem à mente, coisas agradáveis e até coisas tristes que procuro esquecer.
            Uma coisa boa de ser lembrada são as reuniões que se processavam na minha casa, quando morava no centro da capital onde nasci.
            A casa era um pit-stop pra qualquer saída pra festinhas ou bailes.
            Uma batidinha de maracujá habilmente preparada por nossa mãe marcava o início e prenunciava a noite de sexta, ou Paineiras ou outro lugar qualquer, o que importava era a turma estar reunida pra conversar, falar sobre o que nos ligava, -  o teatro - , brincar uns com os outros, falar de futebol – sempre papo Avaí e Figueirense -  ou, simplesmente, jogar conversa fora.
            Havia sempre os ensaios, por vezes exaustivos em se tratando de direção de Odilia Ortiga para, muitas vezes, uma única apresentação no TAC ou no SESC, onde participávamos do Grupo dos 20. Tantos ensaios para a peça sair perfeita e, na estréia, sem a presença da diretora, estratégia para a “turma” aprender a andar com suas próprias pernas.
            Após os ensaios, que tal um cuba, uma cerveja? Claro que um tira-gosto sempre acompanhava.
            Não declino nomes, pois posso omitir alguém, mas era um grupo misto, com certeza. Num clima de cordialidade, rapazes e moças sem qualquer outro mote que não o da amizade, estávamos sempre juntos.
            Não havia telefone em nossa casa, fato que só obtivemos quando fomos para o bairro Abraão e eu à época trabalhava na companhia telefônica e entrei no plano de telefones para funcionários---cuja mesma linha possuo até hoje.
            Falando nisso, como os números de telefone foram crescendo à proporção que as linhas se expandiam! Inicialmente o número do telefone tinha quatro dígitos, hoje, oito e poderá aumentar dada a demanda.
            Pois bem, não tínhamos telefone, mas estávamos sempre nos comunicando, pois morando no centro as visitas aconteciam somente pra dar um alô e ver o que faríamos na semana, pois o estudo e o trabalho – alguns já trabalhavam – vinham em primeiro lugar.
            Ah, esqueci dos livros! Um amigo do grupo vivia com um livro embaixo do braço, daí o chamávamos de “suvaco ilustrado”. O cara era um rato de biblioteca. Com ele procurava saber o que estava sendo lido. Sem TV, sem celular, o livro era um companheiro inseparável e o é para mim hoje em dia.
            Lembro-me que li obras de Hermann Hesse, Isaac Asimov, George Orwell (pois não é que hoje ainda se fala da obra dele, “1984”, e como o que está escrito ali se tornou realidade!), e os autores que escreviam peças de teatro, sempre comentados por algum do grupo, Neil Simon, Nelson Rodrigues, Samuel Beckett,  Tostoi, Oswald de Andrade, George Bernard Shaw, Ibsen, Bertold Brecht, Sófocles, Martins Pena, Millor Fernandes e tantos outros que a partir dos anos 60 (do século passado, claro!) faziam a cabeça dos jovens da capital, aqueles que estavam motivados para tal.
            Então, vivíamos os livros, o teatro, o cinema e, claro, as rodadas com um cuba, uma cerveja ou, simplesmente, refrigerantes, o que importava é que estávamos unidos, nas conversas sejam lá em casa ou no barzinho da moda.
            As coisas mudaram, a cidade mudou, o mundo deu muitas voltas.
            Observo que meus sobrinhos mantém suas amizades, tem a sua “galera”, vão às baladas,  mas tenham  certeza, amizades como tínhamos e ainda mantemos, embora só uma grande reunião no fim do ano, -  poucos, muito poucos!
            É isso, no dia que já está na metade da manhã, as boas lembranças vieram à mente e, queridos amigos que lêem estas linhas, como são boas estas lembranças!
            Maura Soares, Curitiba, aos 04 de fevereiro de 2011, 09.45h, hora em que direto no computador, faço a digressão.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Reflexão de Marcos Bayer

Querido amigo Marcos, aqui está tua reflexão e a carinha do neto, como prometi.
Este blog foi feito para isto: para minhas coisas e de amigos.
beijo grande,
maura






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The Grand Son ...
                                                                               Marcos Bayer

     Nisto a língua inglesa foi mais feliz do que nenhuma outra, cunhou grandson, o neto.
     Mas intenso do que isto só no latim, anima, alma que vida dá ao corpo.
     O grandson é o neto que chega, aos três anos, mais ou menos, vem rindo, com cara de maroto, garoto sapeca, ligeiro e arteiro.
     Ele não receberá o que recebeu o filho. Nem o cuidado excessivo, nem a exigência demasiada, ou a preocupação exagerada...
     Ele vem olhando à volta, mirando o horizonte, sabendo que é vida nova, quase consciente do encontro final entre o grand father que parte e ele que inicia...
     Sem palavras muitas ou explicações definitivas, ambos sabem, pela alma, da vida que cicla... Ele vê um mundo de gigantes, de coisas absurdas, de bichos e aviões, de fantasias complexas e engenhosas...             O grand father vê tudo igual, maior, ampliado, vivido e experimentado. Não há mais a necessidade da explicação formal que foi dada aos filhos... Ao neto, o grande filho, apenas o lado incompreensível do Universo...
     Por isto enxergam as mesmas coisas no horizonte...
     E riem do que não compreendem... Apenas riem...



terça-feira, 17 de julho de 2012

EMANUEL MEDEIROS VIEIRA E SEU MAIS RECENTE LIVRO

Transcrevo o artigo do escritor Cesar Valente,por achar que uma obra da categoria de um autor catarinense e consagradono Brasil, merece destaque. Há preciosas informações sobre a obra.

Tem Emanuel novo na praça!

Por Cesar Valente 10 de julho de 2012, às 02:00


Já saiu o 22º livro do Emanuel Medeiros Vieira

O Emanuel Medeiros Vieira é um escritor catarinense que, depois de algumas décadas agitando por aqui, se auto-exilou em Brasília e agora vive na Bahia. Enquanto esteve por aqui, ao mesmo tempo em que popularizava sua marca registrada, que é a capacidade de falar muito – e rapidamente – sobre as angústias do mundo (que ele assume como se fossem dele e por isso se angustia, numa espécie de moto contínuo de inquietação solidária) organizou a antologia “Assim Escrevem os Catarinenses” da lendária Alfa Ômega e impulsionou, junto com um bando de loucos (Pedro Port, Raimundo Caruso, Carlos Damião e eu), a edição dos dois inesquecíveis números do “Desterro, jornal de cultura”.

Desde que começou a escrever, nunca mais parou. E de tempos em tempos reúne sua prosa, ou sua poesia, em livros e livretos e os publica. Como não faz parte de nenhuma grande máquina de produção e divulgação editorial, depende dos amigos, conhecidos e fãs para avisar que tem Emanuel novo na praça. E informar como adquiri-lo.

Desta vez a editora é a Dobra Editorial (www.dobraeditorial.com.br). E a publicação é tão recente que o pessoal ainda nem colocou o preço no site. Mas imagino que logo terá o botão para poder fazer a compra pelo Pagseguro. No catálogo da mesma editora tem outro livro do Emanuel (aqui), o “Penúltimo Dia”, de poemas. Esqueci de perguntar pra ele se esse é o 23 ou o 21. Bom, em todo caso também parece recente, porque hoje de manhã também não tinha o botão para comprar.

Como acabei de receber e não tive tempo de ler, transcrevo a orelha, escrita pelo Ronaldo Cagiano, pra dar uma idéia do que se trata.

“Emanuel dá voz aos dilemas contemporâneos, tão marcantes na vida das pessoas e das próprias instituições. Sem abrir mão da contundência, seja no enfrentamento de temas tão candentes como a crise da ética e as distorções morais, tanto nas relações afetivas, como nas políticas e literárias; seja na linguagem, sem enfeites ou clichês, o autor examina e reflete sobre as tragédias que atormentam o homem moderno e os sintomas da fossilização dos sentimentos numa sociedade afetada pelos fetiches do mercado e da cultura de massas, tão absolutos, avassaladores e excludentes.

São contos enraizados no ser, de uma beleza e de e uma verdade cruéis, dos quais emergem questões fundamentais, que num mundo regido pelos interesses e movido pela superficialidade, em que tudo parece espelhar a carência de profundidade, deixando como terrível saldo a solidão e como resultado um inventário de perdas e danos.”

Pra quem chegou agora e não sabe de quem estamos falando: o Emanuel foi premiado em concursos literários nacionais, como o “Prêmio Brasília de Literatura”, outorgado pela Fundação Cultural do Distrito Federal, em certame de âmbito nacional, pelos originais do livro “Tremores” (contos). O romance “Olhos Azuis – Ao Sul do Efêmero”, recebeu o “Prêmio Internacional de Literatura, concedido pela União Brasileira de Escritores- UBE, em 2010.

Sua obra foi analisada e elogiada, entre outros, por Carlos Drummond de Andrade, Otto Maria Carpeaux, Mário Quintana, Paulo Leminski, Caio Fernando Abreu, Moacyr Scliar, Deonísio da Silva, Alcides Buss, Hélo Pólvora, Salim Miguel, Silveira de Souza, Léo Gilson Ribeiro, Antônio Olinto, Antônio Carlos Villaça, Anderson Braga Horta, Lourenço Cazarré, Celestino Sachet, Lauro Junkes, Carlos Appel, Jorge de Sá e Luiz Antônio de Assis Brasil. Ela também foi tema de dissertação de Mestrado na UFSC, em fevereiro de 1987.

Os mais antigos, que ainda mandam cartas pelos correios, podem encontrar a Dobra Literatura no seguinte endereço:
Rua Domingos de Morais, 1039 – Conjunto 2
Vila Mariana
04009 -002 São Paulo, SP


segunda-feira, 18 de junho de 2012

NOVA FOTO COM A "FAMOSA" PLACA

Fernando César Gomes Machado(sobrinho-bisneto),Maura Soares(sobrinha-neta), João Soares Ventura(filho) e Roberto Brunow Ventura(neto) de Álvaro Soares Ventura (o comunista), defronte ao restaurante Lindacap----sorriam por favor, o velho Ventura, onde quer que esteja, merece!

domingo, 17 de junho de 2012

O FILHO DO VENTURA


Maura e João Soares Ventura  
O FILHO DO “VENTURA”

   Tenho procurado, ao longo do meu exercício como presidente de um grupo literário há mais de dez anos,  cumprir o que disse Nelson Cavaquinho em sua música: “Quem quiser fazer por mim, que faça agora. Depois que eu me tornar saudade, não preciso de vaidade, quero preces e nada mais”.
   Pois bem, uma homenagem de um Partido Político a um militante de outro Partido que quase nada tem a ver um com o outro a não ser a oposição de esquerda, o mesmo símbolo usado, me cheira a falácia, a embromação, a querer “se aparecer” – como diz o nosso Mané - numa época eleitoral e eleitoreira neste ano de 2012.
  O PCdoB homenageou com uma placa de prata a Álvaro Soares Ventura, nas comemorações dos “90 anos do Partido”, em março de 2012.
  Explico. Pra mim o PCdoB não é o PCB, aquele em que sempre soube que  meu tio-avô militava. Pra mim PCdoB como diz o seu histórico “reorganizou-se em 62” e colocou um “do Brasil”, pra quê, se não era a mesma coisa? O Partido que conheci era Partido Comunista Brasileiro e este é Partido Comunista do Brasil. Por que não continuaram com a sigla antiga, seria mais coerente!
   O Partido que ofertou a homenagem ao meu tio-avô em março de 2012 se diz com 90 anos. Mais certo seria dizer o PCdoB faz 40 anos e não 90. Usa  o mesmo símbolo, a foice e o martelo simbolizando o operário e o campo?! “E faz parte de sustentação do governo Dilma!!!!” Campo, que campo, Cristo Santo, se não existe mais isto, pois não vejo militância no campo a não ser eventualmente os integrantes do Movimento dos Sem-Terra “orquestrados”, verdadeira massa de manobra, invadindo propriedades e lá ficam sem nada produzir e os operários, aqueles defendidos pelo Ventura, onde estão?
     Pra fazer história continuaram a contar a vida do PCdoB a partir da vida do PCB, é isto?
   Pois bem, como não entendi nada, me atenho a falar do primo que conheci rapidamente quando do lançamento do livro “Os comunas” do jornalista Celso Martins e depois, como o primo mora em Curitiba, sem contato com meus pais há muito tempo, somente neste ano de 2012, vim a conhecê-lo.
    João Soares Ventura, filho de Álvaro Soares Ventura, aquele comunista que Nereu Ramos não deixou que se despedisse de sua mãe no leito de morte, aquele comunista que trabalhava no Hospital de Caridade fazendo serviços para as freiras nas horas em que elas dele precisassem, muitas vezes nem perguntando se ele estaria cansado ou não!!! Aquele comunista que foi Deputado Classista da Constituinte, enfim, aquele comunista que “comia criancinhas”, mas era católico! E até ser perseguido e preso, as freirinhas  de mãos lisinhas do HC de nada sabiam!!
     Sim, é um texto com muitas exclamações e muitas interrogações.
    Justa a homenagem se o nosso Álvaro estivesse vivo, justa a homenagem se à época ele pudesse ter se despedido de sua mãe ficando essa coisa pendente em sua história pessoal.
    E eis que no mês de junho de 2012, no restaurante Lindacap, sou apresentada oficialmente ao meu primo João Soares Ventura. Se meu avô, Luiz Soares Ventura, não tivesse omitido o sobrenome Ventura em seus descendentes provavelmente meu pai teria o mesmo nome do primo, mas como meu avô preferiu colocar o nome do santo do dia, meu pai assinou-se João Auta Soares e o “Ventura” da linha do Luiz foi pro espaço.
    Então, e a Placa de Prata, afinal de contas, onde entra nesta história?
  Bem, outro primo, Fernando César Gomes Machado,  sobrinho-bisneto de Álvaro, foi à Assembleia Legislativa receber a honraria em nome da família.
   E agora, como entregar a honraria ao verdadeiro sucessor na linha direta?
  Mas Fernando é expert em informática e achou a parentada e assim, em junho nos encontramos para um almoço e nesse dia, um sábado, era dia de feijoada na Lindacap.
    Meu irmão Paulo e eu, fomos cumprimentar aquele senhor de 86 anos, com ideias a mil, bem falante, inteligente, palavreado solto bem ao gosto de quem não tem papas na língua. Paulo teve que ir a outro compromisso e fiquei com Fernando, o filho de João, Roberto e uma nora, Ivonete, na conversa que se estendeu às 4 da tarde. Celso Martins também teve que se retirar.
    Levei fotos de meu pai, do meu tio e padrinho Álvaro Felipe Soares, o texto sobre Ventura que coloquei no meu blog, o texto com os membros da minha família ( a do João Auta Soares) e dali em diante João foi contando causos que se lembrava de seu pai.
   Recebeu a homenagem que Fernando lhe entregou e sorriu, mas no fundo de seu coração deve ter pensado que a oferenda veio tarde demais, pois seu pai que havia sofrido tanto na prisão política, se escondido da polícia, ali não estava para posar para foto.
    Mas seus descendentes assim fizeram, num misto de orgulho e saudade.
   Embora tarde, merecida, pois Álvaro Soares Ventura, o “seu” Ventura, lá de onde está, sorri para aqueles que ficaram e lembrando do seu  nome, do que ele fez, no que ele acreditava, um Brasil sem exploração da mão-de-obra, um Brasil coerente, um Brasil pacífico, um Brasil onde não houvesse distâncias tão grandes entre as classes sociais.
   E assim o filho do Ventura sorriu, posou para fotos, abraçou e beijou seus “novos parentes e amigos”.
   Florianópolis, 16 de junho de 2012
   Profa. Maura Soares
   Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina - IHGSC
   Instituto de Genealogia de Santa Catarina – INGESC
   Academia Desterrense de Letras
   Grupo de Poetas Livres