segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

E É CARNAVAL (uma reflexão pralá de doida)

Olha eu aí, no concurso com o pequeno banner com a letra de Beija,Beija e a autora Maristela Giassi,de camiseta preta, logo atrás.
Com os amigos da Mari, no Mercado Público, dia 8 de fevereiro de 2012.


E... É CARNAVAL!!


       Assim passou Janeiro neste ano em que o mundo vai acabar, mas antes que ele acabe, sambemos pois, pulemos também a marchinha Beija, Beija que participou do Concurso de Marchas e Marchas-rancho, promoção da Prefeitura de Florianópolis. Não ganhou, mas vai ser a mais cantada, podem crer. Acontecem com todos os concursos, já sabemos, não adianta espernear.
       Impressionante que nada acontece nesta país (que mereça atenção, claro) durante os dois meses do ano. Inicialmente são as festas, champanhe nas praias, lixo, comemorações, lixo, brindes, lixo, taças quebradas, calcinhas jogadas nas areias, lixo, enfim... depois chega fevereiro.
      Ah, fevereiro! Pra que me preocupar, tenho que arrumar minha fantasia, fazer o estoque de bebida, depois pensarei o que fazer.
      E assim estamos. Na metade de fevereiro e os jornais, emissoras de rádio e TV comentando sobre os  "esquentas", dos concursos de rainhas, mestre-salas, porta-bandeiras e dá-lhe samba, dá-lhe chope, dá-lhe cerveja. Como, 7 reais uma garrafa? O que, aquele bar cobra 10 reais uma garrafa? Ah, mas é um bar chique, querida, não é qualquer chinelo que entra, não! Quem frequenta sai nas colunas sabes de quem, então não é pro teu bico, não.
      Sossega, vai tratando de ir na venda do seu Zé, compra uns gelinhos, coloca no teu isopor, pega as cervejinhas que compraste, mas não diz o preço pra tua mulher, senão já sabes, pois as aulas já começaram e o material escolar está uma fortuna.
      Sossega com esta cerveja, cara. Pensa bem, enquanto a turma samba, o governo aumenta tudo, daí,  na quarta-feira de cinzas, oh, tomas!
      E tomas bem direitinho e nem podes reclamar, sabes como é, todo ano é a mesma coisa.
      A partir de quinta vem o enterro da tristeza e depois é pra turma extravasar. O que, pergunto eu? A conta da luz, do telefone, do condominio, do gás, do uniforme das crianças, ou o que?
      Ah, quero extravasar a minha mágoa, pois a minha mulher me enganou com o meu melhor amigo! Ah, foi é? Arruma outra, cara, pois tem as pampas por aí, basta leres nas colunas quando o Ronaldinho Gaúcho chega na Ilha: chove de mulher. Ah, vais me dizer que não tens grana. Pois é, enquanto era pra guardares, tomaste tudo de cerveja e agora não sobra nada pra pegar uma mina na esquina. Ué, até que rimou.
      Então, faz assim, pendura a conta no boteco, pega mais uma latinha, coloca um colar no pescoço, bermuda e camisa brancas, um quepe, um apito e banca o marinheiro. Sabes que a mulherada gosta de gente de farda. Então, querido, pega emprestada do teu cunhado a farda de soldado do nosso valoroso exército e sai pelas ruas batendo no teu tamborim e vamos embora atrás daquele bloco, pois logo logo já é quarta-feira de cinzas e volta tudo ao normal.
Maura Soares
Aos 13 de fevereiro de 2012, 16.05h-verão





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