DE GOTA EM GOTA
De gota em gota pingas tuas emoções
que reprimes não sei porquê.
Coloca pra fora tudo o que está contido em teu ser.
Ama, canta, dança, pula,
te faz de bobo, quem se importa.
Revela tuas emoções, teus medos,
és o senhor da tua história
e só por ti ela será contada.
O mais que faças não vale nada
diante do teu pensar,
do teu altar onde colocas o amor ideal.
Vai em busca daquilo que desejas,
mas não vás com pressa,
às carreiras, pois o amor tem maneiras de se expressar.
Procura, no entanto, ouvir teu coração,
pois teu pensamento já está fixo.
No entanto, peço que ponderes
o que para ti vale a pena:
deixar o amor escapar
com medo de cometer uma loucura ou
será o medo do remorso?
Se for assim, escuta o bate-que-bate do teu coração.
Não é melhor se arrepender depois de fazer,
ou não fazer e ficar remoendo as entranhas?
Assim, de gota em gota solta tuas amarras,
pois com o amor não há farras,
é somente um tempo pra se aconchegar.
De gota em gota poderás, por fim, te libertar.
O amor vale a pena, seja em que circunstância for.
Há sempre alguém à espera do teu amor.
Cai gota, cai e revela a alma que está aí,
pura, límpida, só falta despertar.
Aos 14 de agosto de 2010—21.20h
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