quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Admirando uma tela de Bouguerou, tive inspiração para este poema.


Bacante

(Bouguerau)



BACANTE



No vinho, te embriagas

e em cada gota que escorre sobre teu seio,

teu amado suga com ardor.

Bacante, és, e sempre serás

amada por isto.

Tens a teus pés todos os homens

que se embriagam somente com teu olhar.
..
Beijas as bocas

e nelas colocas as gotas do vinho

pra aplacar a sede do amor.

Todos querem compartilhar do teu leito de bacante,
,
deitar na alvura dos teus lençóis,

enrolarem-se em teus cabelos

ondulados e negros.

Andas descalça pra sentir a energia

da terra sob teus pés.

Na hora do amor tu os lavas

com essência de lavanda

e os homens beijam cada dedo dos teus pés,

pois sabem que aqueles pés caminharam

para onde eles estavam,

para deitar no leito

e concluir o amor tão desejado.

Bacante, és!

Sempre serás!

Maura Soares, aos 05 de janeiro de 2012, 16.50h-verão

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