segunda-feira, 9 de abril de 2012

De repente, jogando Paciência Spider, veio a inspiração e tal qual uma febre, saiu este poema.


                   Caminho dos Açores, verão, 2012, Ilha de Santa Catarina

DE REPENTE, NO ÚLTIMO VERÃO

De repente, no ultimo verão,
me libertei das amarras que me prendiam a ti.
De repente, foi-se a angústia,
foram-se os dissabores,
foram-se as lágrimas à noite
sozinha no leito à tua espera.
De repente, no ultimo verão, o calor conseguiu
aquecer meu corpo e sentibrisa suave da tarde
a soprar no meu rosto dando-me
a sensação de leveza e de tranquilidade.
De repente, no ultimo verão, compreendi que a vida
é pra ser vivida na sua plenitude
e que os arremedos de paixão
vão-se com o vento,
vão-se com a chuva que tudo lava no final da tarde.
De repente, no ultimo verão,
vi que a minha vida valia a pena
e que não estava atrelada a ti,
mas que era a minha vida
e eu teria que vive-la plenamente,
mesmo que sozinha sem a tua presença.
De repente, no ultimo verão,
o sol veio e com ele a luz,
a alegria,
o ardor do peito por coisas boas.
De repente, no ultimo verão,
libertei-me das amarras,
os elos da cadeia se soltaram deixando-me livre
para viver o Amor como ele deve ser vivido
sem culpas,
sem mágoas,
sem arrependimentos.
De repente, no ultimo verão,
vi que a minha vida
valia realmente a pena.
Acordei do longo inverno da tua ausência.
Maura Soares, aos 09 de abril de 2012, 20.25h

Um comentário:

  1. Maura, que lindo! Só pessoas especiais podem trazer para a alma beleza e fazer da vida uma eterna poesia.
    Bjs Eloah

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