Caminho dos Açores, verão, 2012, Ilha de Santa Catarina
DE REPENTE, NO ÚLTIMO VERÃO
De repente, no ultimo verão,
me libertei das amarras que me prendiam a ti.
De repente, foi-se a angústia,
foram-se os dissabores,
foram-se as lágrimas à noite
sozinha no leito à tua espera.
De repente, no ultimo verão, o calor conseguiu
aquecer meu corpo e senti a brisa suave da tarde
a soprar no meu rosto dando-me
a sensação de leveza e de tranquilidade.
De repente, no ultimo verão, compreendi que a vida
é pra ser vivida na sua plenitude
e que os arremedos de paixão
vão-se com o vento,
vão-se com a chuva que tudo lava no final da tarde.
De repente, no ultimo verão,
vi que a minha vida valia a pena
e que não estava atrelada a ti,
mas que era a minha vida
e eu teria que vive-la plenamente,
mesmo que sozinha sem a tua presença.
De repente, no ultimo verão,
o sol veio e com ele a luz,
a alegria,
o ardor do peito por coisas boas.
De repente, no ultimo verão,
libertei-me das amarras,
os elos da cadeia se soltaram deixando-me livre
para viver o Amor como ele deve ser vivido
sem culpas,
sem mágoas,
sem arrependimentos.
De repente, no ultimo verão,
vi que a minha vida
valia realmente a pena.
Acordei do longo inverno da tua ausência.
Maura Soares, aos 09 de abril de 2012, 20.25h
Maura, que lindo! Só pessoas especiais podem trazer para a alma beleza e fazer da vida uma eterna poesia.
ResponderExcluirBjs Eloah