quinta-feira, 21 de abril de 2011

Inspirado em Nietzsche,em Assim falava Zaratustra, o texto "Amigo", para pensar.

            AMIGO
            (Assim falava Zaratustra)

            O filósofo alemão Nietzsche(*), por vezes polêmico, analisou a seu modo a alma humana.
            Idealizou o super-homem, aquele que se constrói pelo espírito que se reflete em si para que possa atingir a sua plenitude.
            Sobre o amigo diz na voz de Zaratustra: “Se queres ter um amigo tens que lutar por ele”. “O amigo deve ser mestre na arte de adivinhar e de se calar”.
            Complemento que não se deve magoar o amigo com coisas bobas de uma sociedade hipócrita; não se deve impor na amizade as convenções ditadas por uma religião mesquinha que só visa a aparência.
            O amigo é aquele que está ao lado nas horas difíceis – pois é aí que o encontramos verdadeiramente. O amigo ajuda, sem interesse, sem precisar que o outro compre sua amizade com presentinhos diários.
            Amigo é aquele que conforta, que ampara, que não impede que a relação se concretize e se eternize.
            “Serás para teu amigo ar puro e solidão, pão e reconforto? Há quem não possa desatar suas próprias correntes, mas para o amigo se tornou um libertador. És escravo? Então não podes ser amigo.”
            Pode a mulher ser amiga do homem, sem que para isso tenha que explicar à sociedade que o outro é apenas amigo, que é apenas mais um irmão?
            Pode a mulher ficar acima das convenções, ajudando o amigo apenas com o objetivo de fazer que com sua amizade, o amigo aprende com ela a ser super-homem?
            Mas o homem às vezes não entende este sentido – do AMOR – daquele Amor que ama sem nome – do AMOR CRISTÃO.
             A sociedade também não aceita a amizade de homem para com homem quando ele está neste patamar acima citado. Sempre imaginam algo envolvendo sexo, pois a sociedade é corrupta, mesquinha, nojenta!
            E quando é o próprio amigo que imagina coisas absurdas e estraga a amizade por causa de sua imaturidade, quem sabe ditada por uma educação repressora, quem sabe ditada por uma covardia ao enfrentar o amor de uma pessoa sem o mínimo interesse que não o de estar junto, comungar ideias, levar adiante projetos pessoais ou não?
            Zaratustra diz: “A mulher ainda não é capaz de amizade. Mas dizei-me vós, homens, qual dentre vós é porventura capaz de amizade?”
            “Ah! Pobres homens! Quanta pobreza e avareza há em vossa alma! Por mais rico presente que possais dar a vosso amigo, estou pronto a oferecê-lo a meu inimigo sem me tornar mais pobre por isso.”
            “O companheirismo existe. Que a amizade possa nascer”.
            Mas que ela nasça entre dois seres diferentes geneticamente, sem imposições de uma sociedade hipócrita, sem que aquele que se diz amigo fique no seu mundo de imaturidade, de medo, de mentira, pois quem mente um pouco sequer à sua companheira de vida que tem um amigo do mesmo sexo que ela, está fadado a perder um dos dois, pois não soube preservar aquilo que Jesus ensinou: o Amor que ama sem nome – o Amor Cristão.
            Maura Soares, aos 20 de abril de 2011, 06.50h---Semana da Páscoa

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