sexta-feira, 24 de junho de 2011

Este blog é dedicado a Pablo Neruda, porém registro uma homenagem a José Marti (1853-1895) patriota cubano, mas antes de tudo, um poeta. Fundador da literatura hispano-americana e do modernismo na América Latina.Deixou 507 poemas,além de novelas e dramas.


Meus versos vão revoltos…

Meus versos vão revoltos e acesos
como meu coração: bom é que corra
manso o arroio que em fácil plano
entre gramas frescas desliza:
Ai!; mas a água que do monte vem
arrebatada; que por fundas fendas

desce, destroçada; que em sedentos
pedregulhos tropeça, e entre rudes
troncos salta em quebrados borbotões,
Como, despedaçada, poderá logo
qual cão de salão, jorrar submissa
no jardím podado com as flores,
ou em aquário de ouro ondear alegre
para o querer de damas cheirosas?

Inundará o palácio perfumado,
como profanação: entrará como fera
pelos brilhantes gabinetes, onde
os bardos, lindos como abades, fiam
tenras quintilhas  e rimas doces
com agulha de prata em branca seda.
E sobre seus divãs espantadas
as senhoras, os pés de meia suave
recolherão, – enquanto a água turva,
falsa, como tudo o que expira,
beija humilde o chapín  abandonado,
e em bruscos saltos alterada morre!

quintilhas: forma poética de 5 versos
chapín: calçado exótico, típico da nobreza
Y TE BUSQUÉ

Y te busqué  por pueblos,
Y te busqué en las nubes,
Y para hallar tu alma,
Muchos lirios abrí, lirios azules

Y los tristes llorando me dijeron:
-¡Oh, qué dolor tan vivo!
¡Que tu alma ha mucho tiempo que vivía
En un lirio amarillo!-

Mas dime - ¿ cómo ha sido?
¿ Yo mi alma en mi pecho o tenía?
Ayer te he conocido,
Y el alma que aquí tengo no es la mia.
José Marti

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