sábado, 17 de setembro de 2011

Mais um conto pra galera amiga curtir.


ENQUANTO ELA SE VESTIA...

Em frente a TV, assistindo o último programa de esporte da noite, Jairo esperava Judith para saírem e apreciarem um jantar e a Blues Band.
-Ju, já são 21.10. Temos horário até às 21.30 no Bistrô. Anda logo.
-Já vai, respondeu a Ju.
Jairo, atento aos gols da rodada foi ficando de olho na TV.
 Já tinha detonado duas latinhas de cerveja e não quis beber mais porque iria dirigir,mas a vontade era muita.
-Amor, anda logo. Depois das 21.30 o Belgrano vai fechar as portas, pois o jantar tem a Blues Band e eles não suportam gente chegando tarde, quando eles já estiverem no palco.
-Estou quase pronta, amor. Calma.
Jairo pensava – essa mulher pra se vestir é uma rainha. Nunca vi demorar tanto. Ainda bem que não é sempre, senão já teria acabado com essa história.
O relógio carrilhão bateu a meia hora após as 21. A pancada da meia hora tirou Jairo do sério. O programa da TV já havia terminado e ele já estava pronto desde as 20.30, logo uma hora antes da mulher.
-Judith, agora chega! O que estás fazendo de tão importante que não estás pronta?
Sem resposta.
Jairo levantou-se de onde estava, arrumou o nó da gravata e partiu em direção ao quarto disposto a dar uma bronca na mulher e se não estivesse pronta, iria sozinho jantar e assistir sua banda preferida de jazz.
Uma surpresa o esperava quando chegou à porta do quarto.
Judith estava pronta! Aleluia!!
Pronta!! Com um corpete vermelho, meias de seda preta, sapatos de salto alto, cabelos arrumados!
O ambiente do quarto, com um perfume embriagador, velas colocadas estrategicamente, numa penumbra de enlouquecer.
Jairo, à primeira vista, levou um choque.
Judith estava recostada em almofadas  na cama, com uma taça de champanhe na mão, tendo no criado-mudo um balde com a garrafa do espumante e uma taça já preparada para Jairo.
-Que tal jantarmos outra coisa esta noite, meu bem? disse com uma voz de gata manhosa.
Jairo não titubeou. Ante a imagem magnífica da mulher, foram para o chão o paletó, gravata e outros acessórios e ele mergulhou naquele universo feminino que só as mulheres conseguem organizar.
Às favas o bistrô, o Belgrano e a Blues Band. O que ele queria agora era mergulhar nos sedosos braços de Judith, acariciar seus cabelos e dar vazão ao seu êxtase.
Às favas com tudo!
Maura – 1o. de julho de 2009 – 9.15h manhã

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