sábado, 5 de janeiro de 2013

Deletando coisas passadas, deparei-me com um quadro e veio a inspiração.





                                                                Ernst Philippe Zacharie
NUA

Nua, assim ela o esperava todas as noites
Frias, quentes, com chuva ou ventania...
Nua, ela esperava o amado que havia prometido
Promessas vãs, simples promessas...
Mas a esperança a acompanhava

Ele não era dono de sua alma
Alma atormentada pelas amarras da vida
Alma angustiada que vivia a romper-se em soluços
Tristezas por não poder ver a amada
Que, nua, o esperava para a entrega total do amor
Nua, despida de razão, pensamentos só para ele
Nos seus carinhos, nos seus beijos, no encontro dos corpos...
Triste sina, a distância os separava e ele também ansiava
Pelo corpo da amada, pelas carícias, pelos beijos
Pelos carinhos, corpos entrelaçados na volúpia do amor

A  noite já em meio...
Batidas leves na porta...
Nua, enrola-se num robe e abre a porta
Ei-lo que chega...
Braços a enlaçam, o robe cai

Seus corações agora são um só.

Maura soares, aos 5 de janeiro de 2013, 19.41h

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