NINHO DE AMOR
No Chile, em 2008, em La Chascona (Santiago), com
outros turistas e familiares, visitei o ninho de amor de Neruda e Matilde.
Comprei o postal já que não se podia fotografar.
Senti uma
emoção muito forte ao ver aquela cama, com a colcha de crochê, os desenhos
apresentando Matilde na parede e a própria atmosfera em que se sente o Amor no
ar.
Todas as dependências das três casas quase que
geminadas, me encantaram.
Ali havia vivido o poeta do Amor, o poeta que é o
patrono deste blog, o poeta que cantou o amor por uma mulher, aos olhos do
mundo, proibida, mas que ele levou adiante, pois a amava acima de tudo.
Hoje, dando um passeio pelas imagens no meu
computador, deparei-me com esta foto e resolvi escrever algo.
Sobre o Amor o que se pode escrever?
Dizem os poetas, os escritores, que se pode escrever
muita coisa sobre o Amor, pois ele se apresenta de muitas formas: o
amor-paixão; o amor filial; o amor fraterno;
o amor amigo; o amor cristão e tantos outros que se poderia numerar.
Mas, nesse dia, o que me interessava era o amor de
Pablo por Matilde, pois ali estava como a vê-los no doce idílio.
Ali estava o ninho onde todas as carícias se revelaram, todos os beijos foram dados, os
dois corpos se uniram na volúpia da paixão.
Ali estava presente o perfume dos corpos ausentes, ali
estava a cena não revelada, mas imaginada.
Tempo curto de observação, pois eram grupos que
visitavam enquanto outros esperavam para compartilhar o ambiente, aquele
ambiente que não me sai da memória.
Ali vivi, por breves momentos, um amor que varou a
eternidade: a paixão de Pablo e Matilde.
Maura Soares, aos 15 de janeiro de 2013, 18.52h
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