sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A página de hoje, 16.12.2011 é dedicada a Sara Regina e Neusa Helena, por ambas me recordarem de Pablo Neruda.

Azulejo representando o Sol que está estampado na casa de Pablo, em Santiago, Chile
Presente recebido de Sara Regina Poyares dos Reis
(brigaduuuu, Sara!!)

LA CHASCONA



“La Chascona”  é a casa de Pablo Neruda, no Chile. Creio que todos sabem que Pablo é o patrono do meu blog.  Não foi um homem bonito, mas inteligente e grande amante. Com  certeza sabia falar ao pé do ouvido, sabia como acarinhar uma  mulher. Imagino-o declamando um de seus poemas no ouvido da amada Matilde.

Quantos homens feios são casados com mulheres bonitas e muitos nem tem tanto dinheiro assim (puro preconceito quando as pessoas vêem uma mulher bonita com um homem feio), mas sabem todos os caminhos pra conseguir da mulher um bom sexo.

Pablo em seu livro Cem Sonetos de Amor, que transcrevo, dizia em versos todo o seu amor.

Soneto XXII

Quantas vezes, amor, te amei sem ver-te e talvez sem lembrança,

sem reconhecer teu olhar, sem fitar-te, centaura,

em regiões contrárias, num meio-dia queimante;

era só o aroma dos cereais que amo.



Talvez te vi, te supus ao passar levantando uma taça

em Angola, à luz da lua de junho,

ou eras tu a cintura daquela guitarra

que toquei nas trevas e ressoou como o mar desmedido.



Te amei sem que eu o soubesse, e busquei tua memória.

Nas casas vazias entrei com lanterna a roubar teu retrato.

Mas eu já não sabia como eras. De repente



enquanto ias comigo te toquei e se deteve minha vida:

diante de meus olhos estavas, regendo-me, e reinas,

Como fogueira nos bosques o fogo é teu reino.



Pois bem, hoje ganhei de minha amiga Sara Regina Poyares dos Reis, um azulejo com o sol que está estampado em uma janela de “La Chascona”, Santiago, Chile, que tive a felicidade de conhecer em 2008, graças a minha amada irmã Neusa Helena, que hoje, 16 de dezembro, completa três anos de saudade.

À Neusa Helena e à Sara que me proporcionaram a alegria de lembrar este amante de todas as mulheres, Pablo Neruda, o meu agradecimento.

Maura Soares, aos 16 de dezembro de 2011.

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