LEMBRANÇAS
Revejo, nesta manhã chuvosa, o teu semblante.
Novamente só, passo como num filme,
tudo o que sonhamos juntos e não se concretizou.
As juras, os beijos, os abraços, o dia a dia...
Forças estranhas nos separaram.
O que poderia ser uma bela vida a dois,
com tudo o que poderíamos passar juntos,
ficou na saudade.
Saudades, lembranças, juras,
posses, aconchegos...
A vida hoje se resume a o que poderia ter acontecido
e não houve entre nós dois.
Onde estás, meu amor?
Em que abismo te escondeste?
Haverá ainda esperança do amor se concretizar?
O tempo apaga as coisas ruins
ou elas ainda revivem em teus pensamentos?
A possibilidade de mais uma vez nos encontrarmos,
ainda persiste em teu coração?
Perguntas, perguntas, perguntas...
Respostas que só o tempo dirá.
Enquanto isso, olhando a chuva que cai sem dó nem piedade,
em meu peito sufoco as lágrimas de um amor
que o tempo traz de volta ao meu coração.
As cartas jogadas te revelam ainda na linha da minha vida...
Será que o tempo nos unirá novamente?
Ah, esperança! Fica mais um pouco. Fica!!
Maura Soares, aos 13 de março de 2011 – 06.50h
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