ETERNIDADE
(E APROPRIAÇÕES)
Agradecendo aos autores que “pilhei”
por EMANUEL MEDEIROS VIEIRA
para Maura Soares (*)
Onde estão as estantes dos livros que não escrevemos?
De todos os livros lidos?
E tantos ainda faltam.
“Estendem-se pelo espaço remoto da biblioteca universal”
Aproprio-me do que já foi pensado
(e tudo já foi concebido):
“Estamos sempre no começo do começo da letra A”.
E assim chegaremos à eternidade:
a infância debruçada sobre nós – minha peregrinação:
“Há um caminho por onde passo/e outro que passa por mim/
Um anda por meus passos/e não tem fim/
O outro é onde meus passos perderam-se de mim.”
(Miguel Sanchez Neto).
Eternidade:
o tempo é um orixá que não incorpora porque humano
algum suportaria o seu peso?
Passamos,
Em cada amanhecer, chegamos mais “perto”:
não adiantam as artimanhas.
Até quando?
E a sede de Infinito não cessa nunca.
(Salvador, março de 2011)
(*) sensibilizada, agradeço, de coração, ao poetamigo Emanuel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário