quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

CAMINHANTE

Caminhante  na ânsia do seguir
Ir sem destino, correr mundo, fugir
Alcançar florestas, rios, montanhas
Noites, dias, lagos, cascatas
Ir, olhando a paisagem, observando miragens
E de noite fazendo bobagens
Com quem me acompanhar
Dormir ao relento
Observar estrelas
E, mesmo sem vê-las, com elas sonhar
Dançar na beira do rio ao som dos grilos
Pela manhã tirar um cochilo
Nos braços do amado, despertar
Caminhante
Ser errante que procura lá fora
O que não há aqui dentro
No peito machucado
Os olhos marejados
Neste ano que se finda
Sem poder amar ainda
Pois o amor passa ao largo
Sem tocar, sem sequer poder amar.
Maura Soares
Aos 09 de dezembro de 2010, 14.51h

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