quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

VIAJANTE DOS MARES

Acalentaste o sonho de desbravar o mar,
mas o tens no coração.

Chovam tempestades, assoviem os ventos,
derrubem-se casas à beira do cais,
teu ser é um mar revolto à procura do porto
para ancorar o navio dos teus sonhos.

Acalentaste o sonho de viajar
nas águas verdes/azuis dos nossos mares.
Frustrados teus sonhos,
resta a contemplação com tua alma de poeta
a compor no teclado melodias de exaltação ao mar.

Acalentaste o sonho, porém mares bravios,
tempestades, não te deixaram ir.
Ficaste a olhar ondas, gaivotas, albatrozes...

Acalentaste o sonho...

Também no amor....
Procuras entre as mulheres
não só aquelas dos cais,
mas aquela onde possas ancorar teu navio de sonhos,
encostar teu corpo/navio
no regaço da mulher porto-seguro
que te dará o amparo para fixares,
para sempre, tua âncora e, ao fim,
cansado de tantos sonhos,
tantos mares,
finalmente,
descansar.
Maura Soares, aos 28 de outubro de 2010, 11.21h

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